Pensamento Crítico e Analítico: a Chave para Decisões mais Estratégicas
Download MP3Barbara Viana:
Olá, eu sou a Babi e esse é o PEPcast, o podcast que transforma a sua experiência profissional e te leva ao próximo nível. Então, vem dar um "play" na sua carreira com a gente.
Você já ouviu falar de pensamento crítico? e pensamento analítico? Você sabe a diferença entre os dois? E mais: você sabe colocar em prática? A gente aqui na PepsiCo já ouviu falar, sabe a diferença e coloca em prática com maestria. Usando as habilidades que envolvem esses dois tipos de pensamento, a gente consegue compreender e resolver problemas com mais facilidade e de uma forma mais eficaz.
E para que você também fique por dentro desses temas com a gente, a gente tem uma convidade super especial aqui, que é a Joyce, head de Field Control de Vendas, que fica dentro da área de Controladoria, e que sabe tudo sobre pensamento crítico e analítico. Joyce, estou super feliz que você está aqui hoje com a gente, quero te desejar aqui as boas-vindas ao PEPcast. Estou animada aqui para o nosso papo.
Joyce Rovaris:
Muito obrigado, Babi. Obrigada pelo convite tão especial. Me sinto honrada de participar.
Barbara Viana:
Boa!
Joyce, antes da gente começar a falar de pensamento crítico e analítico, conta pra gente um pouco quem é a Joyce, como que foi, como tem sido a sua carreira profissional, a sua trajetória para você chegar no cargo que você tem hoje aqui dentro da companhia.
Joyce Rovaris:
Tá joia, vamos lá, então... tudo começou com a minha habilidade latente em matemática e lógica no colégio. E eu aprendi desde cedo que devemos focar no que somos bons para sermos ainda melhores. Então fui fazer Engenharia Elétrica, trabalhei durante uns 15 anos como engenheira de automação e, depois de um tempo, não me bastava mais ser engenheira. Eu queria fazer outras coisas. Fui fazer uma especialização em Gestão de Projetos, então atuei um tempo como PMO, fazendo gestão de projetos de engenharia, projetos de tecnologia da informação... Então eu passei por um tempo por esse tipo de trabalho, que é uma mescla de gerenciar pessoas com gerenciar atividades, e, aos poucos, eu fui migrando, fazendo pós-graduações em finanças, em logística, e acabei, por último, fazendo uma especialização em controladoria. Então a minha carreira, ela sempre está moldada com as oportunidades que eu vou encontrando pelo caminho.
Então eu tive a oportunidade de ser gestora de projetos, me especializei, tive a oportunidade de ficar 16 anos na P&G, na Procter & Gamble. Lá, eu tive a oportunidade de ir para finanças, fui fazer uma especialização em finanças, e vim para a PepsiCo em 2020, pouquinho antes da pandemia. E, quando eu tive esse desafio, eu fui fazer uma especialização em controladoria. Então esse é um “brief”rápido de como foi a minha carreira até aqui.
Barbara Viana:
Boa! Que legal, Joyce, quanta coisa que você viveu. E aí agora aqui como Head de Field Control para Vendas... o que você faz no seu dia a dia? Como é efetivamente essa área e qual é a importância do que você faz aqui dentro da PepsiCo?
Joyce Rovaris:
Bom, a controladoria de vendas é a segunda linha de defesa na operação da companhia para mitigar os riscos das operações fiscais e de “compliance” dentro do time de vendas. Então a PepsiCo está interessada não só em vender muito, mas vender muito corretamente. Então o meu time e as minhas políticas e procedimentos garantem que nós estamos fazendo tudo corretamente e garantem que a gente tenha sempre um controle dos riscos para que a gente possa mitigar as nossas operações dentro do cenário de política, do cenário fiscal do país. Então a gente acompanha todas as mudanças fiscais, a gente acompanha mudanças de legislação, então esse é o tipo de trabalho que a gente faz por aqui.
Barbara Viana:
Ou seja, Joyce, é uma entrega não a qualquer preço, a qualquer custo. É uma entrega de qualidade, tendo assertividade nos dados, naquilo que a gente faz aqui dentro, para ter o melhor tanto para a companhia quanto para os nossos consumidores e consumidoras.
Joyce Rovaris:
Exatamente!
Barbara Viana:
Boa, e aí já até falando um pouquinho sobre isso, sobre esses dados e ter uma entrega de qualidade, eu já queria entrar realmente no tema, efetivamente, a gente falou um pouco sobre os dados, de entregas com qualidade, mas queria saber o que, para você significa esse pensamento crítico e analítico? A gente consegue usar um sem usar o outro, por exemplo?
Joyce Rovaris:
Olha, eu acredito que não. Pra mim, pensamento crítico é você ter habilidade de questionar, de refletir, de buscar evidências, de tentar entender em perspectivas de um determinado assunto, e analítico é o que você faz com essa informação que você gerenciou, que você arrecadou... Então, pra essa análise crítica fazer sentido, você tem que analisar, então você vai chegar a conclusões sólidas baseadas nesse dados que questionou, que você explorou cenários de uma forma lógica e estruturada. Então pra mim um não vive sem o outro.
Barbara Viana:
Eu concordo total com você, Joyce. Acho que não é o dado pelo dado, é o que ele está nos comunicando, como que a gente consegue trabalhar em cima daquilo pra gente agregar valor naquilo que a gente está fazendo no nosso dia a dia.
Joyce Rovaris:
Exatamente. Eu falo sempre para o meu time: Aqui temos que assumir a postura de uma criança de cinco anos e ter qualquer pergunta, e todas as perguntas possíveis, determinados temas para a gente conseguir entender o que está acontecendo. Então, o porquê do porquê do porquê do porquê é um exercício essencial para que a gente consiga ter esse pensamento crítico.
Barbara Viana:
Sabe uma coisa que você falou agora que me fez pensar aqui também? Eu acho que também varia do público para o qual a gente vai falar ou apresentar também, às vezes, esses dados... Um exercício que eu costumo fazer, e aí eu não sei se você faz também, mas que me ajuda, é pensar o que essa pessoa que eu estou levando a informação poderia me perguntar, partindo do pressuposto que ela não tem 100% de visibilidade daquilo que eu vou levar, e pensando que ela pode ter ali curiosidades diversas. Então, eu começo a me fazer questionamentos e, às vezes, desse pensamento que pode ser crítico, porque eu estou ali me questionando, eu começo a pensar em outras análises, outras possibilidades, e amplio o meu olhar ali sobre o que fazer, o que levar e o que analisar efetivamente. Acontece com você também?
Joyce Rovaris:
Acontece muito, Babi. Eu acho que uma habilidade que é complementar à análise crítica é o “storytelling”.
Barbara Viana:
Total.
Joyce Rovaris:
Como é que você conta a história? A primeira etapa é você fazer as perguntas para conseguir montar o cenário. Então, ser curioso, tentar entender perspectivas, tentar se colocar em várias posições. Então, olhar o cenário de cima para baixo, de baixo para cima, de dentro para fora, de fora para dentro, até que você tenha englobado, dentro das suas perguntas, todas as possibilidades possíveis. E aí, depois disso, como é que você tira conclusões? que é o pensamento analítico. E, por fim, como é que você conta essa história? Porque uma coisa é você contar na cabeça e ter, na sua cabeça, o raciocínio estruturado. Mas como é que você conta para uma pessoa que não tem o “background” que você tem depois de tantas perguntas. Então, o “storytelling” é um adicional. É uma “capability” essencial para você terminar a trajetória do pensamento analítico e crítico.
Barbara Viana:
Nossa muito, e às vezes você tem até um “storytelling” super robusto ali, já com as análises e com o seu pensamento crítico ali estruturado, às vezes nem dá margem para dúvidas, né?
Joyce Rovaris:
Você faz valer o “contra fatos, não há argumentos”. Eu costumo dizer que contra fatos, bem contados, não há argumentos...
Barbara Viana:
Concordo, concordo 200% com você, Joyce, muito bom. E aí você consegue, Joyce, dar para a gente um exemplo, mais na prática mesmo, de algum projeto ou iniciativa que você precisou, de fato, executar, colocar tudo isso em ação, essas habilidades, e como que foi e qual resultado que você obteve ali?
Joyce Rovaris:
Bom, o meu trabalho praticamente é isso de manhã das oito até às seis. Todos os dias, mas um exemplo muito comum de acontecer é quando... nós somos responsáveis por toda a operação de vendas e a gente tem que garantir que esteja tudo funcionando corretamente, que os padrões fiscais estejam corretos, e quando acontece algum “bug” sistêmico ou algum erro sistêmico ou aconteceu algum erro de processo e que a gente não tem visibilidade de qual foi a causa raíz, eu preciso, como equipe, eu não, mas meu time... precisamos traçar um mapa de causa raíz muito detalhado para mitigar esse problema, porque para a gente, PepsiCo, uma rota parada por um dia é muito dinheiro indo para o ralo, então para a gente é muito importante que as rotas estejam na rua trabalhando a todo vapor e com toda a sua capacidade.
Então o que que nós fazemos? entendemos e fazemos todas as perguntas de: por que aconteceu? como aconteceu? fazemos “timeline” do problema até a gente entender qual foi a causa raíz daquele problema e, a partir daí, traçamos um plano para que ele nunca mais ocorra... Sempre vão correr erros, sempre vão ocorrer “bugs” de sistema, porque temos pessoas na ponta operando sistemas e temos pessoas desenvolvendo sistemas, então ele não é à prova de balas. Porém um acompanhamento crítico de erros e mitigações, ele acaba deixando a sua operação muito mais uniforme, com muito menos erros, então, a cada mudança sistêmica que nós temos, nós passamos uns seis meses em “hypercare”, nesse processo de: deu erro? então vamos mapear como foi esse erro... o que aconteceu, quando aconteceu, existem outros casos, e, assim, a gente vai montando uma base de dados para entender e chegar naquela causa raíz. Isso é muito comum na minha área.
Barbara Viana:
Que legal, Joyce. Então você está aí o tempo todo em contato com essas habilidades, você e seu time, então é algo que você entra em contato frequentemente e isso vai te desenvolvendo, e você vai aprendendo também coisas novas, porque as coisas mudam também, Joyce...
Joyce Rovaris:
A todo momento, a gente acorda de manhã todos os dias, e você pode ter certeza que todos nós não vamos dormir iguais, a gente sempre aprendeu uma coisa diferente no dia. Então isso é a parte mais importante do trabalho, você estar com a mente aberta para ouvir, ouvir tudo o que as pessoas têm para dizer, porque isso faz parte do pensamento, da coleta crítica de informação para você fazer a sua análise posterior. Porque os problemas, eles não vão se extinguir, eles sempre vão ocorrer... o que a gente tem que garantir é que eles não se repitam e a gente usa ferramenta para fazer isso.
Barbara Viana:
Na PepsiCo, ousamos transformar para construir um ambiente de aprendizado, onde os objetivos de carreira são considerados e valorizados. Você pode ajudar a construir um mundo onde haja mais possibilidades para mais pessoas, independentemente da função que você ocupe. Assim, ajudamos a criar mais sorrisos a gole a cada mordida, a promover um local de trabalho mais inclusivo, a criar um ambiente mais sustentável e a tornar o mundo mais positivo. Para ousar transformar com a gente, acesse www.pepsicojobs.com.br.
Joyce, eu sei que você também comanda aí um time grande de pessoas super talentosas aqui na PepsiCo. Você até comentou "falo para o meu time", enfim, você comentou, e eu queria muito saber, de fato, como que você estimula esse desenvolvimento dessas habilidades no seu time. Você falou um pouquinho, mas se você puder explorar mais de como que você faz isso na prática, eu acho que seria bem legal.
Joyce Rovaris:
Legal. Eu acho que o princípio básico é canal de comunicação. Sempre o canal de comunicação com o meu time ou com qualquer outra pessoa aberto, para que essas pessoas se sintam à vontade de vir trazer e te buscar para tentar solucionar um problema. Eu acho que esse é o primordial, porque, a partir do momento que as pessoas não têm nenhuma restrição em trazer qualquer tipo de preocupação para você, você já traz essa pessoa para construir uma solução. Então, a gente já começa juntos a moldar aquela solução.
Para mim, o mais importante é a comunicação aberta, para que as pessoas se sintam confortáveis a falar qualquer tipo de coisa. A segunda é instigar para que elas façam os porquês. Então, eu gosto de liderar pelo exemplo. Algumas pessoas não gostam muito desse estilo de liderança, mas eu sinto que ele é essencial para o desenvolvimento das pessoas. Eu me meto muito na operação, apesar de ter um cargo de liderança um pouco mais sênior. Por quê? Porque eu gosto de que as pessoas entendam que elas podem explicar para mim, que eu vou procurar aprender o que elas estão falando, e nós vamos construir juntos. E, com este hábito, ela começa a aprender a fazer aquilo sozinha.
Então, perguntar os porquês. Eu uso um pouco da minha experiência, eu falo com o meu time: não sou mais especial que vocês, eu só estou há mais tempo na estrada. Então, eu uso essa experiência que eu tenho de muitos anos, de trabalhar em muitas outras empresas, para agregar cenários para a vida deles, que estão começando ou que têm menos tempo de carreira. Então, esse é o segundo ponto: trazer eles e ensinar eles a fazerem os porquês corretos. E sempre falo: vamos ser aqui crianças questionadoras de cinco anos de idade. Não importa se você quer me perguntar o porquê que o céu é azul. Se ele cabe naquele cenário, essa pergunta não vai ser invalidada. Então isso é muito importante para que as pessoas façam qualquer pergunta que está na cabeça delas.
E, por final, se eu vejo que eles deixaram de fazer alguma pergunta, eu desafio eles a pensarem em cenários diferentes. Então, eu trago hipóteses: "e se acontecer isso, o que vocês acham?", "E se acontecer...?" Então eu agrego alguma coisa que talvez eu ache que tenha ficado de fora e incentivo eles a trazerem sempre oportunidade... Viu algo que não está legal? Traz. Viu algo que você acha que pode melhorar, traga... Tudo é oportunidade, tudo é oportunidade de crescimento. E estar perto do time para fazer isso... Numa experiência aqui de PepsiCo em cinco anos, meu time amadureceu muito. Meu time se transformou em um time muito mais analítico, muito mais capaz e muito mais autônomo.
Então, eu acho que essa receita de bolo, de fazer às vezes junto com eles até eles aprenderem a fazer sozinhos, eu acho que funcionou com meu filho e com todos nós. A gente tem uma caminhada de aprendizagem, e eu acho que faz parte da função do líder cuidar dos seus liderados para que eles tenham essa caminhada saudável. É isso, Babi.
Barbara Viana:
Maravilhoso, Joyce. E também acho que, a partir do momento que o seu time capturou o que é importante, a essência, aí tem autonomia também de seguir. E, como você falou, você lidera pelo exemplo. Então, eles estão ali executando e seguindo o exemplo que você transmitiu. E eu acho que isso é super legal. Parabéns pela trajetória e pela evolução que seu time teve, com todos os aprendizados que você está transmitindo para eles.
Joyce Rovaris:
Obrigado, Babi.
Barbara Viana:
Joyce, agora juntando esse assunto com a sua carreira, eu penso que quem quer chegar em um cargo mesmo de liderança, assim como o seu, precisa ter essa noção desses dois tipos de pensamentos, tanto crítico quanto analítico, e colocar em prática efetivamente. Mas o que você acha que é mais importante? E quais as habilidades necessárias para alguém que quer estar efetivamente em uma cadeira de liderança na área?
Joyce Rovaris:
Não só na área de “field control”, como para qualquer cadeira de liderança, eu acho que os “skills” são muito parecidos. Então, como eu disse para você no início da nossa conversa, eu sou engenheira elétrica. Eu não tinha relação anterior com finanças, com controladoria, mas o que faz com que um profissional de qualquer área consiga ser um líder efetivo? Eu acho que a primeira parte, que é essencial para essas funções estratégicas, que é mais ligada à alta liderança, é você estar sempre disponível a ouvir sem julgamentos. E isso é muito importante, independente se é o seu liderado, se é seu par, se é acima de você, eu acho que a audição é primordial para a construção dessa função, do bom desempenho dela.
Utilizar a capacidade, claro, analítica e crítica para entender problemas e ser disciplinado para resolvê-los, e não deixar com que eles se repitam, porque reputação, eu sempre digo para o meu time: nós, pessoas dentro de uma empresa, nós somos um “branding”, nós somos uma marca. E, quando você tem constância nas suas entregas, você cria uma reputação. E essa reputação, você vai carregando ela ao longo da sua trajetória.
Então, é muito importante que você mantenha essa constância, essa disciplina de comportamento, de construção, e não se prenda ao escopo da sua função. "Eu não vou fazer isso, porque isso não é meu”. Não, eu vou ouvir e, se eu tiver algo para agregar e para ajudar, eu vou compartilhar, porque é isso que dá a base de “networking”, de construção e de unificação da solução. Você falar, ter aquela postura de "isso não é problema meu", "isso não é da minha área", isso é muito antepassado. Isso não cabe mais dentro dos modelos de gestão, e não cabe mais no mundo que a gente vive. Então, contribuir com soluções, independente
se a área é sua ou não, é essencial para você conseguir chegar em um posto e em uma área onde é mais estratégico, onde você precisa entender um pouco mais do negócio e tomar decisões que vão impactar no resultado da companhia como um todo. É isso.
Barbara Viana:
Ótimo, obrigada, Joyce, pelas dicas... e aí, Joyce, para a gente fechar aqui o nosso PEPcast, para quem está conferindo o episódio e ficou com vontade de aprender mais sobre esse assunto, dá para estimular o desenvolvimento dessas habilidades para chegar de fato a um bom pensamento crítico e analítico? Você tem alguma dica?
Joyce Rovaris:
Dicas para quem quer desenvolver habilidade: Sempre perguntar... existe uma técnica chamada “Why-why analysis”, que é uma técnica basicamente de você ir perguntando os porquês até esgotar a fonte de porquês. Então, você tem uma cadeira... “ah, por que a cadeira tem quatro apoios?”, porque ela precisa de um ponto, “mas por que que ela precisa?”, porque se você tiver três pernas, ela... “mas por quê?”... enquanto você não estiver saudável e satisfeito com os porquês, você continua fazendo o porquê, se você procurar no Google, existem várias literaturas sobre o “Why-why analysis”.
É muito importante procurar treinamentos sobre “storytelling” e tentar, o maáximo, escrever suas análises em papel, por quê? Porque isso te dá clareza de estrutura de raciocínio até que você não precise mais escrevê-las, até que a sua estrutura de raciocínio saia naturalmente. Eu fiz isso por um bom tempo, eu escrevi as minhas análises até que hoje as análises saem mais naturalmente. Então essas são as minhas dicas, que funcionou super para mim. Espero que funcione para todos, ou pelo menos para a maioria.
Barbara Viana:
Adorei, inclusive eu mesma vou implementar, Joyce...
E agora a gente tem um quadro super especial aqui dentro do PEPcast, que é o Sabor do Conhecimento.
É um momento que a gente compartilha conteúdos, experiências que podem inspirar mesmo quem está aqui curtindo o PEPcast, que já curte o PEPcast há um tempo... e tudo é válido, tá, Joyce. A gente fala livro, fala série, filme, podcast, perfil nas redes sociais, hábitos, coisas que nos transformaram ao longo da nossa jornada e eu queria saber se você trouxe algo para a gente hoje.
Joyce Rovaris:
Eu trouxe... Eu quero estimular vocês a lerem, porque eu acho que o mundo está parando de ler livros e ler livros é essencial para o desenvolvimento humano, e eu acho que as pessoas precisam retomar esse hábito, eu vou começar pelos meus preferidos. O meu preferido de todos é o livro chamado Pense de Novo, do Adam Grant. É um livro incrível. Ele faz a gente olhar histórias que a gente já ouviu muitas vezes de uma perspectiva completamente diferente, e ele mudou muito o meu “mindset” em relação não só à análise de fatos e ao pensamento analítico, como parar de julgar as coisas com precisão antes de eu realmente terminar minha análise. Então ele é um livro muito especial pra mim. Eu já dei uma cópia para os meus liderados diretos, e eles gostaram muito também. Então esse é o meu preferido.
O segundo é Comece pelo Porquê, do Simon Sinek. É um livro muito legal também, que fala dessa “why-why analysis”, mas de uma maneira muito leve, muito fácil de ler. O terceiro é o que me move para fazer o que eu faço hoje: Apaixone-se pelo problema e não pela solução, do Uri Levine. Ele é um livro onde você se deita tanto para entender qual é o problema, que você nem lembra que estava obcecado pela solução. Você quer entender cada vez mais o problema, para entender o porquê daquilo estar acontecendo. E isso é o que move uma solução eficaz — é a solução de um problema para que ele nunca mais ocorra.
E o último é o Storytelling com Dados. Esse é um “best-seller” da Cole Nussbaumer Knaflic. É um livro que dá base para vocês fazerem exercícios de "storytelling", de como acrescentar dados de uma maneira não maçante. Então, fazer um PPT com dados, mas sem ficar aquela coisa poluída, com um monte de número que ninguém sabe pra onde vai. É um guia muito legal de fazer "storytelling" com dados. Então esses são os meus quatro tesouros que eu compartilhei com vocês hoje.
Barbara Viana:
Adorei as indicações, Joyce! Muito obrigada por trazer aqui pra gente. Acho que o pessoal também vai curtir bastante. Eu ia trazer uma série hoje, mas acabei mudando de ideia aqui no meio do nosso episódio, porque lembrei de uma coisa simples, assim, mas que eu gosto às vezes de fazer — e acho que pode ajudar, inclusive, quem está no começo de carreira, ou na transição de carreira, que é dar uma conferida nos artigos da parte de Guia de Carreira da Exame. Lá eles colocam coisas muito didáticas e práticas sobre diversos temas. E eu lembrei que tinha lido um no ano passado falando justamente sobre pensamento crítico, como desenvolver… enfim. Ele traz dicas práticas também, se eu não me engano, ele traz aqui... tava até abrindo ele pra trazer aqui pra vocês... traz cinco dicas didáticas mesmo, sabe? e eu acho que é importante a gente ter todos esses conhecimentos adicionais, mesmo que mais objetivos e diretos, pra nos dar esse respaldo, pra gente conseguir desenvolver o que precisa.
E, por coincidência, ontem saiu um novo artigo também dentro do Guia de Carreira da Exame, justamente falando sobre pensamento crítico para análise de problemas complexos. Ou seja, ele traz até aqui na descrição: "em um mundo de mudanças rápidas, desenvolver a capacidade de questionar, analisar e decidir com inteligência é para quem busca se destacar e resolver desafios". Então achei super válido trazer aqui, porque são leituras curtas, mas que são impactantes e que nos ajudam no dia a dia.
Joyce Rovaris:
Adorei a dica! Tá vendo como a gente nunca termina uma conversa do mesmo jeito que começou? Eu já aprendi mais coisa hoje.
Barbara Viana:
Bom, e com isso a gente encerra hoje o nosso PEPcast, que foi muito leve. Joyce, adorei conversar com você, de verdade. Muito obrigada! Você trouxe esse conteúdo que às vezes a gente dá uma complicada, porque a gente fala tanto: pensamento crítico, pensamento analítico… E você trouxe de uma forma tão leve. Então eu te agradeço demais. Eu adorei! Imagino que o pessoal aqui também que está curtindo o PEPcast vai adorar também saber a diferença entre pensamento crítico e analítico, como colocar isso em prática de fato. E com certeza eu vou utilizar aqui suas dicas, que eu adorei — achei muito viáveis inclusive de implementar. Então, eu espero que você… e quero te agradecer pelo seu tempo, pelo seu espaço e pela sua disposição também de estar aqui hoje com a gente. Muito obrigada!
Joyce Rovaris:
Eu que agradeço, Babi, a oportunidade. Foi muito gostoso bater esse papo com você, e espero poder ter agregado um pouquinho na carreira das pessoas, poder ter compartilhado um pouquinho da minha experiência e que isso faça com que as pessoas se motivem a crescer cada vez mais.
Barbara Viana:
Com certeza! Não agregou só um pouquinho, não, agregou muitão, pode ter certeza.
E eu te convido a seguir os nossos perfis nas redes sociais: é @PepsiCo no LinkedIn e @PepsiCoBrasil nas outras redes. E para saber sobre as oportunidades aqui da PepsiCo, acesse @PepsiCoJobs e também confira as nossas vagas postadas lá no LinkedIn. Não deixe também de conferir as nossas vagas operacionais no InfoJobs, através do www.infojobs.com.br, e pesquise por PepsiCo.
É isso, a gente se encontra no próximo episódio. Tchau, tchau!
Criadores e convidados
